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Correção: Saintive diz que déficit não significa que ajuste não está sendo feito

15:30 | 27/08/2015
A nota enviada anteriormente tinha uma incorreção. No mês passado, o governo central teve déficit primário de R$ 7,223 bilhões, e não déficit de R$ 9,050 bilhões como constava. Segue a nota corrigida:

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, salientou nesta quinta-feira, 27, que o resultado negativo de julho foi "bastante expressivo". No mês passado, o Governo central teve déficit de R$ 7,223 bilhões. "Mas não significa que não estejamos fazendo ajuste fiscal. O ajuste fiscal continua sendo feito", garantiu.

Saintive ressaltou que a receita vem caindo em termos reais (3,7%) e que parte desse movimento tem a ver com o nível de atividade econômica. "Mais uma vez esta performance não mudou", constatou. Ele comentou também que a rubrica de royaties e participações especiais continua com "queda expressiva" no acumulado do ano, com baixa de 10,2%. "Isso é efeito forte do preço do petróleo", considerou.

O secretário disse ainda que há uma queda expressiva também no acumulado do ano em relação ao pagamento de dividendos. "São dividendos que ainda não recebemos e que não esperamos receber da Petrobras. Isso já está na nossa programação financeira."

Com relação às despesas do Tesouro em particular, de 1,1%, Saintive ressaltou que o órgão tem feito corte e contingenciamento necessários. "Os dados mostram isso, mas eles são sempre compensados", explicou, justificando, por exemplo, com o aumento dos gastos com a Previdência Social. "O Tesouro Nacional está buscando aprofundar seus estudos sobre INSS e isso será bom para entender o comportamento dessa despesa", afirmou.

Pagamentos do PAC

Saintive admitiu que o governo está fazendo uma readequação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que há atrasos no pagamento. "Existe, de fato, uma queda de pagamentos, mas isso faz toda uma parte da estratégia", disse ele.

Ampliando sua análise a respeito das dívidas, em geral, o secretário garantiu: "Se há dívida, vamos pagar". Segundo ele os atrasos têm ocorrido, mas estão "bastante controlados". Conforme o secretário, o Tesouro Nacional está quitando seus empenhos de acordo com o cronograma do órgão.

O secretário do Tesouro Nacional fez questão de ressaltar o aumento dos pagamentos do governo de despesas com subsídios e subvenções. Em julho, essas despesas foram de R$ 7,202 bilhões, ante R$ 631 milhões no mesmo mês do ano passado. As despesas com subsídios foram postergadas (pedaladas) pela equipe econômica anterior, o que agravou o quadro das contas públicas para os próximos anos. "Começamos a fazer amortização da dívida, tudo dentro de uma programação financeira adequada", afirmou o secretário.

Para Saintive, o pagamento das despesas melhora as expectativas, inclusive, de crescimento da economia brasileira. "Pagar é importante. Gera previsibilidade", afirmou.

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