Citi: perda do grau de investimento teria efeito grande na economia
O presidente do Citi lembrou, porém, que o Brasil concorre com outros países na busca por investimento, como, por exemplo, a Índia, com aportes de US$ 1 trilhão, e que é um competidor forte. "Não estamos sozinhos. Competimos com outros mercados. Existe preocupação, decepção. As empresas têm projetos e estão em uma situação de espera. Mas não há situação crítica", avaliou o executivo.
Segundo ele, a maioria das grandes companhias têm condições financeiras para suportar o momento atual e tão logo uma janela de oportunidades se abra há potencial de investimento por parte desses grupos. "Elas fizeram a lição de casa e podem dar contribuição significativa para a economia", acrescentou.
Magalhães afirmou ainda que a conjuntura internacional mais atrapalha que ajuda o Brasil, citando a desaceleração na China. Conforme o executivo, dependendo da situação que estiver o País, a mudança dos juros nos Estados Unidos também pode impactar o Brasil.
O presidente do Citi disse também que o comportamento do investimento estrangeiro no Brasil sinaliza que há mais riscos no País com os meses de junho e julho no negativo. "A previsibilidade do Brasil está difícil. O nível de confiança está muito baixo e a rentabilidade melhorou um pouquinho. Mas, quando somamos esses três pontos, não dá condições de investidor dizer que vai entrar no País", acrescentou.