São Paulo é a 12ª melhor cidade do mundo para startups
No ranking global, São Paulo aparece no 12.º lugar, subindo uma posição na comparação com o ranking anterior, publicado em 2012.
A cidade é a única do Brasil e da América Latina a aparecer no estudo, que mapeia os 20 melhores ecossistemas de startups do mundo.
Na liderança do ranking aparecem o Vale do Silício, Nova York, Los Angeles, Boston e Tel Aviv. O estudo deixou de fora os ecossistemas da China, Taiwan, Japão e Coreia do Sul por causa da barreira da língua.
As cidades foram avaliadas nos quesitos performance, disponibilidade de capital, alcance de mercado, talento e capacidade de exportar startups internacionalmente.
O estudo aponta como pontos fortes de São Paulo a disponibilidade de capital, performance das startups e alcance de mercado.
O estudo também apresentou algumas conclusões sobre os ecossistemas estudados. Nova York, Austin, Bangalore, Cingapura e Nova York apresentaram o melhor desenvolvimento no período de 2012 e 2014, enquanto Toronto, Sidney, Vancouver e Seattle apresentaram as maiores quedas.
Santiago, Melbourne e Waterloo que era citadas no estudo publicado em 2012 saíram do ranking, o que mostra uma queda no desenvolvimento dos ecossistemas locais.
Capital de risco
Segundo o Global Startup Ecosystem Ranking 2015, os ecossistemas de startups estão cada vez mais internacionais, já que 37% dos investimentos recebidos pelas startups nos 20 ecossistemas mapeados incluem ao menos um investidor de outro país.
Já o número de startups que abriram um segundo escritório em outro país ou até mesmo mudaram sua sede de uma região para outra cresceu 8,4 vezes segundo o relatório.
O número de saídas bem-sucedidas de uma empresa (quando os investidores conseguem vender a sua participação e lucrar) cresceu 78% anualmente entre 2012 e 2014 - 40% por meio de IPOs (abertura de capital em bolsa) e 60% por meio de aquisições. Esse movimento foi puxado principalmente por Berlim, Bangalore, Amsterdã, Londres e Tel Aviv. São Paulo não se destacou nesse quesito.
A falta de capital de risco disponível no mercado deixou de ser um problema para as startups. Esse tipo de investimento cresceu 95% entre 2013 e 2014 nos ecossistemas listados, mas as cidades que se destacaram foram novamente as europeias e americanas. Em Berlim, por exemplo, o número de investimentos em startups cresceu 12 vezes de um ano para o outro.
Todas as startups apresentaram grande desequilíbrio no quesito igualdade de gêneros, embora o número de fundadoras do sexo feminino tenha crescido 80% de 2012 para 2015 - as mulheres são 18% dos fundadores de startups, porcentual que era de 10% no estudo anterior.
O Global Startup Ecosystem Ranking 2015 foi baseado em entrevistas com mais de 200 empreendedores e especialistas em startups de 25 países e em uma pesquisa com 11 mil fundadores de startups, investidores e envolvidos com o setor ao redor do mundo ao longo dos últimos cinco meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.