Recuperação de crédito do consumidor sobe 2,4% em junho ante maio, diz Boa Vista
Segundo os economistas da Boa Vista, a queda registrada pelo indicador em 12 meses pode ser explicada pelo cenário maior deterioração das variáveis macroeconômicas, tais como o desaquecimento do mercado de trabalho, inflação em níveis elevados e aumento dos juros, que impactam diretamente nos orçamentos familiares.
"Desta forma, com a capacidade de pagamentos dos consumidores reduzida, a recuperação de crédito dificilmente retornará a um patamar positivo em 2015", diz a empresa, acrescentando que a previsão é que o indicador termine o ano com queda de 2,0%.
Na divisão geográfica, a maior alta do indicador, na margem, foi registrada na Região Sul (4,0%), seguida do Norte (3,7%), Sudeste (2,3%), Centro-Oeste (2,1%) e Nordeste (1,6%). No âmbito nacional, considerando apenas a recuperação de crédito do consumidor no setor varejista, houve alta de 0,5% em junho ante maio. Na comparação com junho do ano passado, no entanto, foi registrada queda de 9,4%.
O indicador de recuperação de crédito é elaborado a partir da quantidade de exclusões dos registros de dívidas vencidas e não pagas informados anteriormente à Boa Vista pelas empresas credoras.