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Porto de Rio Grande ultrapassa Paranaguá em exportações de soja

19:50 | 19/07/2015
O Porto de Rio Grande ultrapassou o de Paranaguá em exportações de soja e ocupa agora o segundo lugar, atrás apenas do Porto de Santos, mostra levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Enquanto o terminal gaúcho respondeu no primeiro semestre do ano por embarques de 5,590 milhões de toneladas do grão - alta de 12,7% ante os seis primeiros meses de 2014 - o porto paranaense movimentou 5,206 milhões de t, queda 13,7%. O diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que os portos de Rio Grande e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, vêm se consolidando como alternativas de escoamento de grãos na Região Sul enquanto Paranaguá continua recebendo cargas de Estados do Centro-Oeste. "Em virtude do line-up de Paranaguá, exportadores buscam mais eficiência em outros portos", apontou Mendes. "Rio Grande acaba sendo uma rota interessante no Sul do País."

Os dados da Anec também mostram incremento das exportações da oleaginosa pelos portos do Norte do País. Das 35.163.244 toneladas de soja em grão exportadas entre janeiro e junho, 1.224.907 toneladas foram enviadas ao exterior via Barcarena, no Pará, e 2.997.272 toneladas via Itaqui, em Maranhão, ante 391.708 toneladas e 1.517.146 toneladas, respectivamente, em igual período do ano passado. Isso significa, segundo Mendes, que o volume de soja adicional que o Brasil está exportando neste ano não saiu pelos portos do Sul e Sudeste e sim pelo Arco Norte. "Dois milhões de toneladas são 57 mil carretas que deixam de descer", ressaltou. "Criou-se condição para que o produto saia pelo Norte. Itaqui e Barcarena são uma realidade."

A perspectiva da Anec é de que nos próximos meses os embarques de soja continuem firmes apesar do início da temporada de exportação de milho. "Conversei com os associados, e as perspectivas de exportação estão aumentando. Tínhamos projetado 46 milhões de toneladas, depois 48 milhões de toneladas, e agora se fala em 50 a 51 milhões de toneladas em 2015", apontou. "O câmbio está permitindo que a gente exporte um pouco mais." A perspectiva de embarques simultâneos de soja e milho ao longo dos próximos meses não preocupa os exportadores. "Quinze milhões de toneladas em seis meses não é um problema", afirma Mendes.

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