Após apresentação da nova fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL) aos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse que dificilmente haverá mais do que um leilão de rodovias ainda este ano. Segundo ele, os editais de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos ainda têm uma longa fase de elaboração que também depende do licenciamento ambiental desses projetos.

"O governo vem ao TCU antes mesmo de formatar os editais porque queremos dialogar profundamente sobre as concessões. Houve questionamentos bastante detalhados e a reunião foi muito produtiva. O governo e o TCU têm o mesmo objetivo, que é o melhor serviço para os cidadãos", disse o ministro.

Os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; dos Portos, Edinho Araújo; e dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, também participaram da apresentação. Segundo Padilha, no caso dos aeroportos, os novos leilões serão facilitados pela experiência adquirida pelo ministério nas duas rodadas anteriores de licitações. "Aprendemos com os leilões já realizados e pretendemos agora ter mais celeridade no processo."

Ainda assim, na opinião de Padilha, o governo dificilmente conseguirá licitar algum empreendimento até o fim do ano. "Aeroportos, com certeza, não. Talvez seja possível leiloar alguma rodovia. No caso dos portos, o licenciamento ambiental é mais complexo", acrescentou.

Questionado sobre prazos para eventuais leilões no próximo ano, Padilha disse que estabelecer uma data para leilões cujos editais ainda nem foram elaborados seria "quase um desrespeito com o TCU" - já que o órgão precisa analisar e aprovar todos os editais. "Se pudesse, o governo gostaria de licitar tudo imediatamente, mas ainda não podemos dizer uma data. Mas iremos continuar o diálogo com o TCU, antes, durante e depois do processo", completou. Segundo Padilha, o tema das "pedaladas fiscais" não foi abordado na reunião.