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Inflação desacelera para o patamar mais baixo desde 1970 no México

19:10 | 23/07/2015
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do México desacelerou para 2,76% no início de julho, na comparação com igual período do ano passado, em seu patamar mais baixo desde 1970, quando começaram as medições nacionais de preços. O resultado também ficou abaixo da meta de inflação de 3% do Banco Central do México pelo terceiro mês consecutivo.

O recente sucesso no combate à inflação melhora as credenciais do país como a economia mais ortodoxa da América Latina, onde as políticas de controle da inflação são muito respeitadas.

Analistas dizem que a inflação baixa e estável explica em parte o motivo de o peso mexicano ter depreciado menos ante o dólar que outras moedas latino-americanas. Todas as divisas estão pressionadas, diante da iminência de uma alta nos juros pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano, que tornará o dólar mais atraente.

O peso mexicano caiu 21% nos últimos 12 meses, enquanto o real brasileiro teve queda de 31% e o peso colombiano, de 34%.

"O México passou de ser um país com um gerenciamento econômico caótico e politizado e inflação nas alturas para outro, com uma política monetária digna de crédito", disse o economista independente Jonathan Heath.

A inflação baixa tem também muito a ver com a recente desaceleração econômica mexicana. O crescimento moderou no primeiro trimestre e dados recentes mostram resultados mistos, com enfraquecimento da produção industrial e recuperação modesta nos gastos dos consumidores. Muitos acreditam que os preços devem acelerar nos próximos meses, conforme a economia melhora.

Apesar da baixa inflação e da economia em ritmo fraco, o banco central deve começar a elevar os juros em setembro, acompanhando o Fed, para evitar uma depreciação maior do peso e uma alta resultante nas expectativas de inflação.

A baixa inflação em si não tem sido suficiente, porém, para impulsionar o crescimento econômico. Analistas dizem que há obstáculos importantes: a produtividade não está crescendo, o investimento nos setores público e privado eram equivalentes a apenas 20% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 e o financiamento dos bancos ao setor privado é relativamente baixo, em 34% do PIB, ante 69% no Brasil. Fonte: Dow Jones Newswires.

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