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Inadimplência do consumidor fecha o 1° semestre de 2015 com alta de 16,4%

09:03 | 16/07/2015

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor encerrou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 16,4%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. É a maior alta nesta relação desde 2012, quando o índice registrou elevação de 19,1%. Na comparação mensal – junho x maio de 2015 –, o indicador subiu 5,9%. Na interanual – junho de 2015 x junho de 2014 – o indicador também cresceu 23,4%.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o crescimento significativo da inadimplência do consumidor neste primeiro semestre de 2015 pode ser explicado pelas altas da inflação, que corrói o poder de compra dos consumidores, das taxas de juros, que encarecem as dívidas, e do desemprego, que faz o trabalhador perder a sua principal fonte de renda.

Na decomposição da variação mensal do indicador, a inadimplência não bancária, (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) foi a principal responsável pela alta do indicador em junho/15, com aumento de 10,2% e contribuição de 4,7 p.p. As dívidas com os bancos e os títulos protestados também subiram 2,5% e 4,7% e contribuíram com 1,1 p.p. e 0,1 p.p., respectivamente, para o crescimento do índice no mês. Já os cheques sem fundos apresentaram queda de 1,1% e contribuíram levemente de forma negativa (-0,1 p.p.) para que o resultado de junho/15 não fosse ainda maior.

 

Sobe o valor médio das dívidas não bancárias

O valor médio das dívidas não bancárias apresentou alta de 24,6%% no primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2014. O valor médio dos cheques sem fundos e da inadimplência com os bancos também cresceu 10,9% e 0,9%, respectivamente. Já o valor médio dos títulos protestados registrou queda de 3,3%.

 

Metodologia do Indicador

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. Considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e dívidas não bancárias (lojas em geral, cartões de crédito, financeiras, prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica, água, telefonia etc.) em todo o país. Por levar em conta o inadimplemento das pessoas físicas nas mais diversas modalidades – e não apenas dentro do sistema financeiro –, o índice da Serasa Experian consegue capturar movimentos cíclicos de inadimplência, que, muitas vezes, revelam ocorrências que vão se manifestar no sistema bancário dentro de 6 a 12 meses.

 

Redação O POVO Online 

 

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