Awazu diz que País trabalha para enfrentar oscilações nos fluxos de capitais
Em primeiro lugar, conforme o diretor, o Brasil vem trabalhando por meio do reforço de um quadro bem testado, o do tripé macroeconômico. Esse tripé consiste em manter um regime de taxa de câmbio flexível; garantir uma posição fiscal sólida, que gera níveis sustentáveis de endividamento; e manter baixa e estável a inflação.
Em segundo, prosseguiu Awazu, está o trabalho de evitar a transmissão da instabilidade financeira externa nos mercados financeiros domésticos. Para isso, segundo ele, é preciso manter um sistema financeiro sólido em termos de capital, provisões, liquidez e regulamentos. Ele citou também o papel da supervisão capaz de obter informações relevantes para detectar vulnerabilidades.
Em terceiro lugar, o diretor mencionou a possibilidade de confrontar qualquer aumento do risco sistêmico financeiro por meio de instrumentos macroprudenciais.
Em quarto, manter o câmbio flutuante como uma primeira linha de defesa da economia, mas com a busca de diminuir a volatilidade excessiva que pode afetar a estabilidade financeira.
Em quinto lugar, Awazu citou a manutenção da estabilidade macroeconômica e financeira como necessária, mas salientou que trabalhar para o crescimento através de reformas estruturais é fundamental. "Isso não apenas reforça os riscos de solvência e fundamentos, mas também permite mais margem de manobra para a melhoria social, que, por sua vez, obviamente, afeta positivamente a estabilidade das instituições e do bem-estar social", considerou.
Ele resumiu essas atuações como algumas "boas e testadas" políticas e regras para enfrentar a volatilidade do fluxo de capitais e para construir a estabilidade macrofinanceira.