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Tire suas dúvidas sobre financiamento imobiliário

01:30 | 24/06/2015
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Não é preciso temer o financiamento imobiliário. Se você está pensando em crédito para a compra de um imóvel, o primeiro passo é fazer um levantamento objetivo dos recursos de que dispõe: economias, aplicações e saldo do FGTS.

 

Antes mesmo de ir ao banco, dá para simular os tipos de financiamentos nos sites das instituições. Porém, é indicado ir à financeira para saber quais os limites que cada uma impõe. Também é bom se acercar sobre as garantias, que variam de acordo com o sistema: Sistema de Financiamento Habitacional (SFH), Carteira Hipotecária e Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).


Nos dois primeiros, prevalece a hipoteca: o imóvel é a garantia da instituição credora, mas continua a integrar o patrimônio do comprador. “Na falta de pagamento, o banco abre processo judicial, que leva até dez anos para se apossar do imóvel”, diz Ronaldo Pippi, advogado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE).


Já no SFI, o banco pode usar a alienação fiduciária, em que, depois de feita a compra do imóvel, o mutuário o transfere por contrato ao credor, que tem a propriedade do bem. O comprador mantém sua posse direta, o que lhe garante o uso do imóvel. A posse definitiva se dará depois que as prestações forem pagas.


O casal de noivos, Amanda Damasceno e Charles Cunha, receberão as chaves do imóvel em 2016 e ainda tem dúvidas sobre qual banco deve optar para financiar a unidade. Se o Bradesco, onde já possui conta e que já financia a construção do empreendimento ou se com a Caixa Econômica. “Sempre escutamos que lá (Caixa) é mais em conta, mas os financiamentos estão difíceis”, diz Amanda.


O consumidor também deve estar atento à amortização. No Sistema de Amortização Constante (SAC), o valor da parcela destinado a quitar o saldo devedor será sempre o mesmo. Por isso, a denominação de constante. O que não é fixo é o percentual destinado a pagar juros. Assim, as prestações iniciais são mais altas, já que o saldo devedor – sobre o qual incide o juro – também é mais alto.


No Sistema de Amortização Crescente (Sacre), as prestações iniciais também são mais altas. “A diferença é que a taxa referencial (TR) entra nos cálculos posteriormente, fazendo com que a amortização seja não constante, mas variável”.


O outro sistema é a Tabela Price (TP), no qual as parcelas têm valor fixo. No decorrer do financiamento, o percentual referente ao juro será decrescente e o percentual destinado à amortização será crescente. O problema desse sistema é que os juros são compostos e, como o pagamento nas parcelas iniciais é destinado a pagar prioritariamente os juros, o consumidor leva mais tempo para quitar o saldo devedor.

 

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PARA COMEÇAR

Confira o que você tem e do que pode dispor por mês.

Vá a um banco para saber quais os limites impostos e qual a prestação.

 

Simule financiamentos nos sites dos bancos.

 

GARANTIAS

SFH e Carteira Hipotecária: prevalece a hipoteca, em que o imóvel é a garantia da instituição credora, mas continua a integrar o patrimônio do mutuário. Na falta de pagamento da dívida, o agente financeiro abre um processo judicial para se apossar do imóvel.

SFI: o banco pode usar a alienação fiduciária. Feita a compra do imóvel, o mutuário o transfere por contrato ao credor, que tem a propriedade do imóvel. O mutuário mantém a posse direta, garantindo o uso do imóvel. A posse definitiva do imóvel se dará depois de pagar todas as prestações do financiamento.

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