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Receber críticas para o BC é natural, diz diretor

14:20 | 24/06/2015
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira, defendeu a instituição de críticas de que foi leniente a partir de 2013 e permitiu que a inflação estourasse o teto da meta em 2015. "O Copom age sempre de maneira técnica em função da sua avaliação do que é preciso fazer em qualquer momento, para atingir seu objetivo", disse durante apresentação do Relatório Trimestral de Inflação.

Ele lembrou que, nesse contexto, o Copom começou a apertar as condições monetárias no Brasil em abril de 2013 e, antes, através de comunicação ao mercado, a partir de janeiro de 2013, já alertando sobre a sustentabilidade das políticas do BC naquele momento. "Não houve, ao contrário do que se possa pensar, um momento onde não estivemos vigilantes sobre as condições e do que se deveria fazer em determinado momento", garantiu.

Awazu observou que o processo de ajuste de preços administrados começou em 2014 e que teve de continuar neste ano, apesar de estar sendo materializado agora. "Eles não nasceram simplesmente recentemente, foram implementados no seu timing adequado, porque é nossa função ser vigilante", disse. "Essas medidas são ainda mais necessárias no momento onde temos de fortalecer nossos fundamentos para nos preparar para a normalização em curso nos Estados Unidos", afirmou.

Choques

Awazu afirmou que o trabalho da instituição sobre a durabilidade dos choques, mostra quais tipos têm mais efeito e quais são mais persistentes. "O que é importante é ter quantificação de quais os choques mais importantes e quais os que têm a menor duração na memória das pessoas que reajustam preços", disse. "O que é mais importante é que o BC vai estar vigilante para circunscrever esses choques. Queremos que a sociedade entenda que não vai ter transferência para 2016", afirmou.

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