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Quatro a cada 5 brasileiros estão pessimistas com a economia

O indicador que mede o grau de satisfação com a situação da economia local desabou em junho. A queda foi de 15,5% em relação ao mês anterior

08:55 | 26/06/2015
A percepção dos consumidores em relação à situação atual da economia voltou a piorar em junho. Quatro a cada cinco brasileiros avaliam o momento corrente como ruim, de acordo com dados da Sondagem do Consumidor divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, 26. Já a perspectiva para o futuro melhorou um pouco, embora o número de pessimistas ainda supere o dos que aguardam melhoras para os próximos meses.

 

Após dois meses de estabilidade, o indicador que mede o grau de satisfação com a situação da economia local desabou em junho. A queda foi de 15,5% frente ao mês anterior, resultado que puxou o recuo de 1,4% na confiança do consumidor no período. Isso porque a proporção dos que avaliam o momento econômico como ruim atingiu 79,1%, o maior nível da série, iniciada em setembro de 2005. As análises positivas são apenas 4,2%.

 

As expectativas para o cenário econômico nos próximos meses, por sua vez, melhoraram pelo quarto mês consecutivo. O indicador de otimismo com a evolução da situação econômica nos seis meses seguintes subiu 2,5%. Mesmo assim, ele ainda se mantêm em nível muito baixo historicamente, destacou a FGV.

 

A proporção de consumidores que preveem melhora da economia cresceu de 17,1% para 18,1% entre maio e junho. Já a parcela dos que consideram que irá piorar caiu de 39,9% para 39,0%. "Este foi o 17º mês em que são registrados mais consumidores pessimistas do que otimistas com o rumo da economia nos seis meses seguintes. Antes deste período, iniciado em fevereiro do ano passado, o recorde havia sido de apenas seis meses, entre outubro de 2008 e março de 2009", disse a FGV.

 

Em junho, três das quatro faixas de renda acompanhadas pela instituição registraram queda na confiança, mas o resultado mais negativo veio das famílias com ganhos mensais acima de R$ 9,6 mil. Nessa faixa, o recuo foi o dobro da média, com baixa de 2,8%.

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