Pacote de concessões mostra busca de governo por equilíbrio, diz Citi
O governo tem de, o quanto antes, na sua opinião, puxar a agenda de infraestrutura, porque embora de um lado seja um dos motores do crescimento econômico do Brasil é também um gargalo. "Não temos avançado na velocidade que precisamos", ressaltou Magalhães.
O Citi, que já participou de financiamento de concessões no Brasil, tem olhado diversas maneiras de atuar no segmento de infraestrutura, conforme Magalhães, project finance, fundos de infraestrutura, e o governo está aberto para o debate e para ouvir sugestões dos bancos. Segundo ele, um dos papéis que o Citi pode desempenhar no âmbito das concessões é atrair investidores estrangeiros. "Quem conhece o Brasil sabe que de vez em quando o País passa por momentos mais difíceis, mas é grande e com oportunidades significativas. Ninguém deveria desprezar o Brasil. Pode ser mais cauteloso", afirmou o presidente do Citi.
Apesar disso, ele falou que há investidores começando a olhar o Brasil e que obteve informações de que o número de perguntas em relação ao País cresceu, sinalizando uma melhora na atratividade de investidores. Existem ainda, conforme o executivo, grandes empresas analisando o segmento de infraestrutura no Brasil.
"As janelas abrem e fecham muito rápido no mundo. Se ficar esperando todas as nuvens se dissiparem, céu azul, já foi. É preciso encontrar o momento certo para entrar. A infraestrutura, certamente, é uma delas", avaliou.
Para ele, a recessão no Brasil deve ser branda, mas lenta. O presidente do Citi não espera que a Produto Interno Bruto (PIB) recue 2% neste ano. Segundo o executivo, a recessão deve ser de 1,4%, mas no ano que vem o País já volta a crescer a taxas de 1,7%, 1,8%.