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ONS fixa em R$ 361,45/MWh custo marginal de operação

14:35 | 19/06/2015
O Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico divulgou nesta sexta-feira, 19, a terceira revisão de seu Programa Mensal de Operação (PMO) de junho, e, na contramão da semana anterior, elevou o Custo Marginal de Operação (CMO). Para o período de 20 a 26 de junho, o CMO estimado ficou em média em R$ 361,45/MWh, para os quatro subsistemas do País. O novo valor representa uma alta de 3,5% em relação ao CMO da semana anterior, mas ainda está abaixo dos R$ 379,34/MWh do início do mês. O CMO é o balizador para o preço de liquidação das diferenças (PLD).

Na revisão, o ONS também alterou as estimativas de volume de chuva e nível de reservatório para o mês de junho e mais uma vez reduziu as indicações para a principal região de reservatórios. A Energia Natural Afluente (ENA) do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da capacidade de armazenamento de água do Brasil, agora deve ser equivalente a 89% da média histórica para mês de junho, abaixo da previsão anterior, que indicava afluência equivalente a 95% da média de longo termo (MLT).

Confirmada a projeção, o nível dos reservatórios da região chegará ao final do semestre com o equivalente a 35,8% da capacidade de armazenamento, 0,9 ponto porcentual (p.p.) abaixo da marca estimada na semana passada. Para que não haja risco de desabastecimento de energia em 2015, o nível dos reservatórios não pode cair abaixo de 10% ao final do período seco, que vai até outubro.

Também foram revisadas para baixo as previsões de afluências para as regiões Norte e Nordeste, que agora estão em 99% e 54% da média histórica, respectivamente, o que corresponde a uma redução de 0,4 p.p. e 0,1 p.p. ante a projeção anterior. Com a queda, a estimativa de água armazenada nos reservatórios do Norte ao final de junho passou de 80,6% para 80,4%. Para o Nordeste, a previsão foi mantida em 24,6%.

Em contrapartida às piores previsões de ENA no Sudeste, Norte e Nordeste, o ONS elevou as projeções de volume de chuva e nível de reservatório para o mês de junho na região Sul e agora estima afluências de 148% da média histórica, o que levará os reservatórios da região a chegar ao fim do mês em 64,1% da capacidade, mais de 10 p.p. acima do previsto anteriormente.

O boletim semanal do ONS também aponta que a carga brasileira deve atingir 60.845 MW médios em junho, o que representaria uma queda de 0,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na semana passada, o ONS trabalhava com uma expectativa de queda de 0,3% e carga de 60.994 MW.

A estimativa menor reflete a previsão mais fraca de consumo na região Sudeste. A carga esperada para o principal centro demandante de energia é de 35.098 MW médios, queda de 3,6% em relação a junho do ano passado. Na semana passada, o ONS previa retração de 2,6%.

Em contrapartida foram elevadas as previsões de carga para as demais regiões. Para a região Sul, o ONS passou a estimar queda de 1% na carga mensal, ante retração de 1,2% projetada anteriormente. A previsão para a região Nordeste foi elevada de um aumento de 7,9% na carga para alta de 9,9%. Já na região Norte, o crescimento esperado da carga de junho, ante igual mês de 2014, passou de 3,2% para 3,6%.

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