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Loterias e alimentos pressionam preços no varejo dentro do IGP-M em junho

10:05 | 18/06/2015
O reajuste nos valores das apostas da loteria continua a pressionar a inflação, com uma elevação média de quase 50%, no âmbito da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de junho. Os alimentos também estão ficando mais caros, o que provocou a aceleração do índice de preços varejista neste mês, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,75% na leitura divulgada nesta quinta-feira, 18, contra aumento de 0,52% na prévia do mês passado. Ao todo, cinco das oito classes de despesa ganharam força, mas o principal impacto veio mesmo de Despesas Diversas (que passou de 0,56% para 5,43%), grupo que inclui o jogo lotérico. As apostas ficaram, em média, 48,23% mais caras, segundo a FGV.

Nos alimentos, a alta foi de 0,82%, contra taxa de 0,49% na segunda prévia do IGP-M de maio. As hortaliças e legumes (de 3,50% para 6,06%) deram a principal contribuição, com destaque para a cebola, que ficou 34,02% mais cara no varejo.

Também ganharam força os grupos Educação, Leitura e Recreação (de -0,49% para 1,06%), Transportes (de 0,05% para 0,14%) e Comunicação (de -0,04% para 0,12%). As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens: show musical (de -7,79% para 5,73%), gasolina (de -0,72% para 0,27%) e tarifa de telefone residencial (de -0,74% para -0,23%), respectivamente.

No sentido contrário, desaceleraram Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,56% para 0,78%), Vestuário (de 0,96% para 0,20%) e Habitação (de 0,68% para 0,65%). Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens medicamentos em geral (de 3,95% para 0,48%), roupas (de 1,13% para 0,22%) e tarifa de eletricidade residencial (de 1,53% para 0,48%), respectivamente.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou a 1,67% na segunda prévia do IGP-M de junho, contra 0,30% no mês passado. O impulso veio do custo da mão de obra (de 0,01% para 2,74%), já que o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços perdeu força e desacelerou de 0,61% para 0,50% no período.

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