Dados de maio sobre emprego devem mostrar nova queda, admite ministro
Em abril, houve fechamento de 97.828 postos, o pior resultado para o mês da série histórica iniciada em 1992. Economistas do mercado financeiro esperam um corte de 20 mil a 124.448 vagas para maio, segundo levantamento feito pelo AE Projeções com 16 instituições. Com base neste intervalo, que envolve os números sem ajuste sazonal, a mediana encontrada foi de eliminação de 52 mil postos de trabalho.
Dias evitou falar sobre números na manhã desta terça-feira, 16. Disse apenas que a redução do mercado de trabalho continuará em maio, mas que o foco agora é nos investimentos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Trabalho (FGTS). "Vamos fazer o maior investimento da história com o FGTS", afirmou. Sem contar os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a perspectiva é gerar 3,7 milhões de postos de trabalho com os quase R$ 150 bilhões que o FGTS possui. "Já foram assinados contratos no valor de R$ 20 bilhões para casa própria de população de baixa renda. Tem também investimento em infraestrutura, que é saneamento básico", citou.
Previdência
O ministro não quis falar sobre a medida provisória aprovada no Congresso Nacional que trata da flexibilização do fator previdenciário, mecanismo criado para adiar as aposentadorias de quem deixa o serviço mais cedo. "Isso é assunto do Ministério da Previdência", esquivou-se. Questionado sobre se o tema não afeta também os trabalhadores, que são o foco de sua Pasta, Dias argumentou que está por fora das discussões. "Afeta os trabalhadores, mas eu fiquei fora 10 dias e cheguei ontem à noite e hoje é que vou me inteirar dessas coisas todas", argumentou.