CNC estima queda real de 6,5% na receita de serviços em abril
Apesar de o resultado ser fraco, não é uma surpresa, afirma Bentes. "O resultado de abril não chega a ser antecedente porque o mercado de trabalho sinalizava essa desaceleração", disse. O especialista fez um levantamento nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e concluiu que, na comparação de abril de 2015 com abril de 2014, o emprego no setor apresentou a menor taxa de crescimento em oito anos. "A quantidade de pessoas ocupadas nos serviços pesquisados pela PMS - que excluem serviços financeiros, de saúde e educação - avançou apenas 0,9%, a menor expansão desde 2007", pontuou.
O especialista ressalta também a desaceleração da receita nominal dos serviços prestados às famílias, que recuou de uma alta de 6,8% em fevereiro para elevação de 1,2% em abril, na comparação com meses imediatamente anteriores. A expectativa do economista-sênior para 2015 é de queda real na receita do setor de serviços como um todo entre 3,5% e 4,0%. "Para este ano, pode-se esperar com toda a segurança que até os componentes da PMS que vinham impulsionando o setor estão perdendo força", disse Bentes. Segundo ele, este movimento reforça a projeção de queda real do faturamento.