BNDES tem aprovado US$ 832 milhões para subsidiária da Odebrecht em Cuba
O financiamento ao porto foi motivo de polêmica em 2014 e, mais recentemente, um dos alvos centrais da discussão sobre o fim do sigilo nas operações de crédito do BNDES. Localizado a 45 quilômetros de Havana, o porto é considerado o maior do Caribe, com 465,4 quilômetros quadrados de área. Em defesa do financiamento e do projeto, a presidente Dilma Rousseff disse no ano passado que o financiamento havia sido feito não a Cuba, mas a 400 empresas brasileiras fornecedoras de equipamentos. Já o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que esse tipo de operação gerava empregos no País.
Além do Porto de Mariel, a subsidiária da Odebrecht obteve um financiamento de US$ 150 milhões com o BNDES para expansão e ampliação dos aeroportos de Jose Marti, em Havana, de Santa Clara, em Cayo Coco, e de Holguin, em Cayo Largo. Esse contrato tem prazo de 180 meses e taxa de 7,021%.
Fora as operações para o grupo Odebrecht, o BNDES financiou ainda a TPRO Engenharia em US$ 14,8 milhões na construção de uma fábrica em Cuba.
Antes, as operações fechadas para financiamento em Cuba tinham um regime especial de confidencialidade dos contratos. As operações divulgadas hoje pelo banco foram fechadas entre 2009 e 2014.