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Um em cada quatro consumidores de Fortaleza possui contas em atraso

As mulheres entre 25 e 34 anos, com renda inferior a cinco salários mínimos são as mais endividadas. O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.428

09:51 | 19/05/2015
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O mês de maio apresentou crescimento de 6,5 pontos percentuais, indo para 25,0%. Esta é a taxa mais elevada do indicador nos últimos cinco anos, ultrapassando o recorde anterior de 24,6% medida em agosto de 2011. Os problemas financeiros afetam mais as mulheres (27,9% afirmam possuir contas em atraso), o grupo com idade entre 25 e 34 anos (27,3%) e com renda familiar inferior a cinco salários mínimos (25,6%).

O tempo médio de atraso é de 62 dias e a principal justificativa é o desequilíbrio financeiro - a diferença entre a renda e os gastos correntes – citado por 64,0% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 27,8%, seguindo pela contestação da dívida (7,6%).

Comprometimento de Renda

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 79,5% dos entrevistados; o financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 18,1%; os empréstimos pessoais, com 8,4%; e os carnês e crediários (5,5%).

O consumidor vem apresentando dificuldades no gerenciamento de suas dívidas desde o final do ano passado. Além disso, o peso dos itens de alimentação nas contas a prazo indica dificuldades no controle do orçamento doméstico nos últimos meses.
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O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.428 e prazo médio de oito meses, comprometendo 31,0% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento. 


Inadimplência potencial

A taxa de inadimplência potencial, ou seja, a proporção de consumidores que não terão condições financeiras para honrar seus compromissos, teve aumento, passando de 6,5%, em abril, para 9,5%, neste mês. A combinação de crescimento do endividamento com o aumento da inadimplência sugere cuidados com a política de crédito das empresas.

O perfil do consumidor inadimplente mostra preponderância do grupo de consumidores do sexo feminino (11,3%), com idade entre 25 e 34 anos (11,7%) e renda familiar inferior a cinco salários mínimos (10,4%), inspirando cuidados, principalmente nos grupos com menor renda e maior dependência do mercado de trabalho.

A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE)

Redação O POVO Online
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