PIB do 1º trimestre mostra que pior ficou para 2º trimestre, avalia Sulamérica
"O PIB do primeiro trimestre foi um certo alívio, mas é uma premonição de que o pior ficou para o segundo trimestre. O que acontece é que haverá uma maior distribuição das quedas", afirma. Camargo diz que ainda está recalculando suas projeções, mas acredita que o PIB do segundo trimestre pode cair 1,0%, na margem. "O impacto dos ajustes fiscal e monetário deve ser mais forte no 2º trimestre", comenta.
Segundo ele, a formação bruta de capital fixo (FBCF), que caiu 7,8% no primeiro trimestre, na margem, deve continuar recuando, refletindo a queda na confiança de empresas e famílias e também a contenção nos gastos do governo. "A deterioração da economia já está ficando clara, de forma eloquente, em dados como o Caged de abril, que teve um fechamento de vagas muito significativo", aponta.
O economista da SulAmérica diz ainda que a retração na FBCF é preocupante pois afeta o potencial de crescimento à frente. "Tudo isso somado, não permite apostar em um cenário melhor".