Japão: BoJ deve relaxar tática do "tudo ou nada" para atingir meta de inflação
Embora alguns economistas digam que há espaço para a autoridade monetária anunciar mais estímulos monetários nas próximas reuniões, pessoas ligadas ao conselho acreditam que existe uma sensação crescente de que o BoJ pode estar relaxando de sua tática do "tudo ou nada" contra a inflação, especialmente após o banco central adiar em seis meses o momento que espera ver a inflação convergir para a meta.
Neste momento, dizem, o BoJ está se valendo da perspectiva de que o mercado de trabalho mais forte e o crescimento econômico deste ano podem fazer a inflação crescer, ainda que existam incertezas sobre como as famílias fariam frente à alta de preços.
Para Takeshi Minami, economista chefe da Norinchukin Research Institute, mais estímulos são pouco prováveis "uma vez que o fortalecimento do mercado de trabalho pode pressionar mais os preços do que espera o setor privado". Outra rodada de relaxamento monetário, lembra Minami, também deixaria mais difícil para o BoJ reverter suas compras de ativos no futuro.
Em seu último discurso, o presidente Haruhiko Kuroda reiterou que não vê necessidade para mais estímulos, dizendo que as ações já tomadas são equivalentes a "dez cortes na taxa de juros".
Em abril de 2013, quando anunciou seu agressivo programa de compras de ativos, o banco central japonês afirmou que as medidas seriam efetivas para reverter a mentalidade deflacionária da nação, elevando preços corporativos e modificando a tendência de reajuste salarial. Fonte: Dow Jones Newswires.