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Grevistas do Itamaraty protestam em Londres na chegada de Joaquim Levy

18:20 | 13/05/2015
Imbuído do esforço de cortar gastos do governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se deparou com uma dura realidade na tarde desta quarta-feira, 13, ao chegar à Embaixada do Brasil na capital britânica para uma entrevista coletiva. Um grupo de sete grevistas do Ministério de Relações Exteriores protestava contra o atraso no depósito do auxílio moradia. A ajuda dada aos funcionários brasileiros em Londres soma valor entre 2.000 libras e 2.500 libras esterlinas - entre R$ 9 mil e R$ 12 mil - por mês a cada servidor.

Segurando cartazes contra o atraso nos pagamentos, os manifestantes faziam um protesto silencioso em frente à Embaixada quando Levy desceu de um automóvel e caminhou alguns passos até ingressar no edifício no centro da capital britânica.

Segundo Mario Chaves Ferreira, oficial de chancelaria em greve, o Itamaraty tem atraso de dois meses no pagamento do auxílio moradia, que cobre valor de entre 70% a 80% do salário dos servidores em Londres para pagar o aluguel. Ferreira fez um empréstimo no banco equivalente a três meses de aluguel para cobrir a despesa. A capital britânica tem, segundo pesquisas internacionais, um dos aluguéis mais caros do mundo.

Segundo o oficial de chancelaria, o movimento grevista tem adesão de 16 dos 19 oficiais de chancelaria que estão a serviço da Embaixada em Londres. Grevistas teriam entregue uma lista de reivindicações ao ministro quando Levy deixava o edifício.

O movimento começou na terça-feira, 12, e, segundo os organizadores da greve, já afeta 70 representações diplomáticas brasileiras em todo o mundo. A greve tem adesão dos oficiais de chancelaria, funcionários que prestam atividades de análise técnica e gestão administrativa.

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