Governo busca acordo com China para tarifas especiais, diz Kátia Abreu
"É um caminho importante, mas tanto eles quanto nós temos de conversar com outras áreas do governo para fechar alguma coisa, como o Ministério do Desenvolvimento", explicou. Entre os produtos que seriam de interesse brasileiro estariam os lácteos. "Só exportamos 1% de tudo que produzimos em leite em pó. Temos produção muito forte, que cresce a 5% ao ano e um consumo que avança a 3%. Temos de procurar mercados", afirmou.
Transgênicos
A ministra da Agricultura afirmou também que os chineses querem produzir alimentos transgênicos no Brasil. Segundo a ministra, não se chegou a um acordo. Ela lembrou, no entanto, que dois laboratórios, um chinês no Brasil e um brasileiro na China, já fazem pesquisas nessa área. "Disse a eles que a única forma de dissipar o medo em relação a produtos é pesquisar juntos. Nós que temos a responsabilidade de alimentar o nosso País e o resto do mundo precisamos de qualidade e baixo custo", disse. "Nós compramos transgênicos de várias partes do mundo e não temos objeção em fazer negócio com a China", afirmou.
Reunião da OIE
Kátia Abreu disse também que irá para a reunião da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), entre 22 e 29 de maio, em Paris. Lá, ela terá uma agenda intensa com o objetivo de ampliar a exportação de carne suína brasileira para a Europa. Entre outros assuntos, ela pretende falar com autoridades dos países envolvidos no organismo sobre a Rodada Doha, além de ter conversas com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo. "Temos agenda intensa para implementar mercado. Temos um sonho de melhorar e abrir o mercado de carne suína para a Europa", afirmou a ministra.
Carne bovina
Sobre exportações de carne, a ministra disse que a promessa do governo chinês é de que entre a primeira e a segunda semana de junho nove plantas de aves e suínos consigam autorização para vender carne bovina para a China. Em junho, haverá uma visita do Ministério da Agricultura chinês e também da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena do país. "Nós já temos nove plantas que foram fiscalizadas e só falta documentação. Dessas, sete são de aves, e duas, de suínos. Eles afirmaram que ou na minha ida à China ou na vinda deles será anunciado essas plantas novas", afirmou a Kátia Abreu.