Frente Parlamentar é relançada para discutir demandas do setor sucroenergético
"A Frente Parlamentar ultrapassa a Casa Legislativa. O endividamento é uma consequência de fatores anteriores, que o próprio governo deixou de cuidar, privilegiando o combustível fóssil nos últimos anos", afirmou Souza. O deputado disse, ainda, que a Frente trabalhará por projetos de médio e longo prazos relacionados à cogeração de energia elétrica, aquela gerada a partir do bagaço de cana. Sobre o tumultuado relacionamento político do PMDB com o governo, e o impacto disso na atuação da Frente, ele preferiu não comentar.
Durante o evento, Souza ressaltou que "o setor passa por uma crise e isso não é segredo para ninguém". "A Frente Parlamentar terá um papel importantíssimo na redução, na mitigação da crise que afeta o setor sucroenergético. Estamos aqui para representar as causas da sociedade, para regular o que é necessário para o Brasil continuar crescendo", afirmou.
O deputado destacou que a Frente precisa fazer "com que o País entenda a importância do setor sucroenergético". "O aumento da mistura de etanol anidro na gasolina foi visto como algo ruim, e isso não pode ocorrer", exemplificou. O incremento de dois pontos porcentuais na mistura, de 25% para 27%, aprovado em março, chegou a ser criticado, sob o argumento de que poderia prejudicar o desempenho dos motores dos veículos. "E isso não é verdade", frisou Souza.
Em comunicado, a presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina, elogiou o relançamento da Frente Parlamentar. "Todos os esforços que contribuam para a recuperação da competitividade do setor sucroenergético serão muito úteis", disse.
A Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético foi criada em 2013 e obteve, entre outras conquistas, o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina e a inclusão do biocombustível e do açúcar no Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra).