FMI estima em US$ 5,3 trilhões custos ocultos dos combustíveis fósseis em 2015
"Essas estimativas são chocantes", afirma Vitor Gaspar, diretor de assuntos fiscais do FMI, cujo departamento foi responsável pelo estudo. "Elas correspondem a uma das maiores externalidades negativas já estimadas", afirma, em referência a custos que não são quantificados em preços.
O FMI afirma que formuladores de políticas deveriam começar a embutir esses custos - cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) global - nos preços dos combustíveis imediatamente, para evitar malefícios dos seus usos, além de estimular maior eficiência energética e prevenir gastos com a saúde pública. Em grande parte graças ao crescimento acelerado do uso de carvão na China e na Índia, essas taxas ultrapassam em grande medida as esparsas economias dos últimos anos em corte de subsídios a fontes tradicionais de energia.
Preços decrescentes do petróleo têm garantido a governos de países como Índia e Angola a oportunidade de aumentar os preços da energia para um patamar mais próximo de seus valores de mercado. O corte de subsídios alivia o peso da balança de pagamentos e permite que o governo canalize os retornos em outros setores, como serviços sociais, saúde pública ou investimentos que visam o crescimento.
No entanto, o FMI afirma que custos não quantificados de poluição por carvão, petróleo e gás natural também deveriam ser considerados subsídios, já que as economias sofrem maiores encargos por serviços de saúde e multas por degradação ambiental. Baseado em dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), o fundo estima que esses encargos custariam, apenas este ano, cerca de US$ 5,3 trilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.