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Estoque de aplicações caiu em média 1,85% no 1º trimestre, diz instituto

19:00 | 28/05/2015
O estoque de aplicações financeiras encolheu, em média, 1,85% de dezembro do ano passado a março último, segundo levantamento feito no banco de dados do Banco Central (BC) pelo Instituto Assaf. No entanto, segundo explicou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA-USP) de Ribeirão Preto e pesquisador do Instituto Assaf, Fabiano Guasti Lima, o acumulado das aplicações e em caderneta de poupança, fundos de investimentos, extramercado, ações e depósitos a prazo ainda está em alta de 1,96%.

O que se verifica, diz Guasti, é que houve queda no estoque de poupança (1,96%), dos depósitos a prazo (3,8%), fundos extramercado (7,2%), fundos de ações (1,9%) e um aumento nos fundos de investimento de 4,8%. "Essas variações é que explicam a média negativa de 1,85% no período", diz o professor e pesquisador do Instituto Assaf.

Segundo Guasti, com os gastos de início de ano, aumento da taxa de juros e inflação alta combinados aos gastos de início de ano, muitos investidores podem ter sacado suas aplicações para cumprirem seus compromissos. "Para evitar pagar juros que superam a rentabilidade das aplicações, o investidor prefere usar o dinheiro para acertar as contas", disse o professor.

Também está sendo verificado, segundo Guasti, uma troca de aplicações financeiras, com o investidor procurando ativos como o CDI, por exemplo, que acompanham mais de perto a taxa básica de juros, a Selic, e títulos públicos, que remuneram as aplicações com taxas superiores às da inflação.

Para o professor da FEA-USP de Ribeirão Preto, este comportamento de realocação das aplicações deverá permanecer por mais tempo porque a Selic deverá se manter alta, puxando com ela outras taxas, reduzindo a capacidade das pessoas para adquirir bens e estimulando aplicações até mesmo como forma de se resguardarem contra uma eventual perda de emprego. "Mas as pessoas vão tender a fazer estas migrações de um investimento para outro.

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