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EPE identifica potencial para construção de 25 novos projetos hidrelétricos

13:00 | 27/05/2015
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) desenvolveu estudo no qual identifica 25 novos reservatórios hidrelétricos que poderão ser explorados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do País e acrescentar 46,6 gigawatts médios ao sistema interligado. Se postos em prática, esses projetos representarão uma reversão no cenário atual do setor elétrico, que apenas tem contado com hidrelétricas a fio d'água, de menor impacto socioambiental, porém, com menor capacidade de aproveitamento das reservas para a geração de energia.

Ao todo, o estudo partiu da identificação de 180 projetos de usinas hidrelétricas aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda não licitados, mas que já possuem inventário hidrelétrico, ou viabilidade técnica, ou projeto básico.

Destes projetos, 71 preveem que seus reservatórios têm capacidade de geração regular, o que soma 50,7 GWmed, segundo apresentou nesta quarta-feira, 27, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, durante o evento Enase 2015. Após a identificação desse grupo de usinas, acrescentou Tolmasquim, foi ainda selecionado outro, o de 25 projetos potenciais, cujas construções serão levadas para debate à sociedade. Mas, antes disso, os estudos sobre essas usinas ainda serão aprimorados, do ponto vista energético, econômico e socioambiental.

Em sua fala, o presidente da EPE ressaltou a necessidade de a sociedade avaliar se vai optar por usinas hidrelétricas com possíveis riscos sociais ou se vai preferir a geração térmica, em sua maioria a gás natural, de maior impacto ambiental. "Esse é um debate a ser travado pelo setor elétrico e a sociedade como um todo", afirmou. Durante a palestra, ele não informou, contudo, se o estudo de identificação de novos reservatórios hidrelétricos já foi apresentado ao Ministério de Minas e Energia.

São Luiz do Tapajós

Tolmasquim afirmou também que "ainda persegue a meta de leiloar" a usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós, no Pará, neste ano. O projeto tem sofrido atraso por conta da dificuldade em licenciá-lo, por causa de resistências por parte da Funai e do Ibama.

Por conta da presença de tribos indígenas na região, a Funai exigiu a criação de um território específico para esta população, o que, segundo Tolmasquim, "inviabilizaria o projeto".

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