Diretor do BC admite crescimento menor da economia em 2015
Segundo Awazu, apesar de a taxa de crescimento tender a ser baixa, um processo de melhora da confiança a partir do segundo semestre deve promover uma retomada da atividade. Ele apontou que, sob o âmbito da demanda, os investimentos têm se retraído, "influenciados em parte por eventos não econômicos". Também há sinalização de arrefecimento do consumo governo, mas a expectativa é que o cenário de maior crescimento global ajude a economia brasileira, pelo lado da demanda externa.
"O quadro da confiança ainda é desafiador. A recuperação, a nível setorial e de expectativas, tende a ainda conter elementos que necessitam da continuidade do processo de ajuste econômico em 2015, para que se possa pensar em melhora do clima de confiança para todos os agentes na segunda metade do ano", explicou.
O diretor do BC afirmou também que o mercado de trabalho, devido ao ciclo econômico atual, dá sinais iniciais de distensão, tanto em função da retomada da taxa de participação como por conta da moderação dos indicadores de renda e criação de emprego. "Os rendimentos reais têm se moderado e temos tido reflexo de moderação também nas convenções coletivas de trabalho", acrescentou.