Despesas com PDDs crescem por mais provisões para grandes empresas, diz Itaú
Segundo ele, o rebaixamento de rating que o Itaú promoveu no primeiro trimestre a algumas grandes empresas não necessariamente está relacionado a prazos. As despesas com PDDs do Itaú foram a R$ 5,515 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 19,5% ante o trimestre anterior, de R$ 4,614 bilhões. Em um ano, quando estavam em R$ 4,252 bilhões, esses gastos cresceram 29,7%.
Sobre a inadimplência de curto Prazo, Kopel explicou que a elevação é justificada pela sazonalidade que ocorre todos os anos por conta da maior concentração de gastos na pessoa física no início de ano. O indicador, que compreende atrasos entre 15 a 90 dias, subiu 0,4 p.p. no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, para 2,9%. Neste caso, pesaram tanto maiores calotes na pessoa física quanto na jurídica. Ambos os segmentos apresentam piora de 0,3 p.p., para 4,1% e 1,8%, respectivamente.
"É de se esperar a variação nas pessoas físicas no indicador de curto prazo. A elevação nas pessoas jurídicas está mais ligada às grandes empresas. É no segundo trimestre que vamos ver quanto desta inadimplência se materializou e migrou para o longo prazo e daí importância de regularizar clientes em atraso com muito foco na cobrança", explicou Kopel.
O índice de inadimplência do Itaú, considerando os atrasos acima de 90 dias, melhorou pelo 11º trimestre consecutivo, de 3,1% em dezembro para 3,0% ao final de março. Em um ano, os calotes do Itaú caíram 0,5 ponto porcentual. Se desconsiderado o efeito da variação cambial, segundo a instituição, esse indicador teria permanecido estável em relação ao trimestre anterior.
O Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira, 5, lucro líquido de R$ 5,733 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cifra 29,7% maior que a registrada em mesmo intervalo do ano passado, de R$ 4,419 bilhões. Na comparação com o quarto trimestre, quando o montante ficou em R$ 5,520 bilhões, o resultado foi 3,9% superior.