CPFL mantém interesse em aquisições no setor de distribuição
"Distribuição é um negócio de escala, portanto crescimento é importante", sintetizou o executivo, durante teleconferência com analistas e investidores realizada nesta semana.
Ferreira disse que a proximidade de eventuais ativos à atual área de atuação da CPFL Energia é um fator importante, mas não determinante para novos investimentos. A sinalização foi dada após o executivo ser questionado a respeito da esperada venda de distribuidoras das regiões Norte e Nordeste por parte da Eletrobras.
Ferreira acredita que as oportunidades podem reunir empresas menores, que enfrentarão dificuldades para cumprir as exigências futuras de investimentos, mas não descartou que empresas de maior porte também possam vir a participar de um processo de consolidação.
Geração
O executivo também demonstrou otimismo em relação à permanência de preços mais elevados em leilões de energia nova. No final do mês passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou um leilão que resultou na contratação de energia de uma nova pequena central hidrelétrica (PCH), a ser construída pela CPFL Renováveis. Há quatro anos, salientou Ferreira, nenhum projeto com esse perfil vendia energia em leilões.
"Vimos isso nos últimos dois leilões. Eram preços suficientes para cobrir o aumento de custos para investimento e do financiamento. E não tenho o porquê de acreditar que nos próximos leilões a mesma sistemática não será feita", disse o executivo. "Qualquer dificuldade de suprimento vai ser resolvida à medida que coloquemos novos projetos de geração, e esses preços estão conseguindo atrair dinheiro de capital privado", complementou.