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Consultoria diz que é preciso cautela com notícia sobre suposto acordo da Grécia

15:35 | 27/05/2015
A consultoria Capital Economics afirmou que a notícia de que a Grécia e seus credores teriam começado a rascunhar "alguma forma de acordo", a julgar pelo ocorrido nos últimos meses, deve ser julgada com uma dose de cautela. De acordo com nota assinada pelo economista-chefe da Europa da consultoria, Jonathan Loynes, aparentemente "se trata no máximo apenas de um ponto de partida para a próxima rodada de negociações" entre Atenas e seus credores.

As notícias divulgadas nesta manhã dão conta de que funcionários gregos haviam indicado que a proposta incluirá uma meta menor para o superávit primário do orçamento grego, em comparação com o acordo já existente, bem como evita cortes em salários e pensões. Segundo Loynes, porém, um funcionário da União Europeia recusou-se a confirmar que a proposta esteja de fato sendo elaborada. Além disso, notícias segundo as quais o assunto está sendo discutido "no nível do staff" sugerem que o texto não foi aprovado, ou talvez nem discutido, pelos líderes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de acordo com o economista.

"Na verdade, autoridades admitiram que há ainda grandes divergências entre as partes e que não há a perspectiva imediata de se finalizar um acordo", afirma Loynes.

Um aspecto superficialmente encorajador é a inclusão de alguma espécie de alívio na dívida de longo prazo para a Grécia, uma condição na qual o FMI tem insistido, em troca do pagamento restante a Atenas. "Mas, como temos argumentado, nada menos que um grande desconto terá uma diferença substantiva para a perspectiva da dívida da Grécia e nós duvidamos muito que a Comissão Europeia e o BCE apoiariam esse resultado", avaliou o economista.

"Diante disso, nós mantemos nossa posição de que qualquer acordo que apareça nos próximos dias não deve ser nada mais que um expediente temporário e não lidará com a questão fundamental da economia em contração da Grécia e da grande dívida em expansão" do país, disse ele. (Gabriel Bueno da Costa)

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