China autoriza oito frigoríficos brasileiros a vender carne bovina ao país
O acordo prevê que oito plantas de carne bovina sejam reabertas imediatamente e que outras 17 sejam habilitadas no futuro. O acordo desta terça prevê também a reabilitação imediata de uma planta de aves que havia sido suspensa em 2012 em função de divergências sobre o corte do produto. Cada uma das 26 plantas, contando a de aves, tem potencial para gerar US$ 20 milhões em negócios por ano, o equivalente a US$ 520 milhões no total.
Parte das tratativas ocorreram no país asiático, na semana passada, quando uma série de documentos foram preparados em conjunto entre o Ministério da Agricultura brasileiro e o governo chinês. O fim do embargo estava definido e faltava apenas um acordo sanitário, que será assinado nesta terça-feira.
Apesar disso, os negócios não poderiam ser efetivados até que os chineses dessem autorizações para que plantas frigoríficas pudessem vender.
A ministra anunciou a medida na manhã de hoje, durante uma coletiva de imprensa no Ministério da Agricultura, em Brasília, antes de ir para a cerimônia no Palácio do Planalto. "Acabamos de entregar uma pasta com toda a documentação em inglês. Ele saiu daqui com toda a promessa de uma cooperação rápida, de que tem toda disposição de ajudar", disse a ministra à reportagem. Kátia Abreu afirmou que combinou com o ministro chinês de ir à China em junho para buscar a autorização das demais plantas que não foram habilitadas hoje.
"Também estamos negociando transgênicos. Eles querem regras próprias para produção de transgênicos", disse a ministra. Segundo ela, está se negociando um acordo de cooperação entre a Embrapa e os chineses para isso. Essa negociação ocorrerá no fim do dia entre ela e Han Changfun, ministro da Agricultura da China.