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Alternativas de financiamentos fora da Caixa Econômica Federal

01:30 | 20/05/2015
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Financiamento imobiliário pode até parecer sinônimo de Caixa Econômica Federal, mas não é. O banco público detém 70% do mercado, mas tende a perder participação com a redução no limite de financiamento para imóveis usados. Isso porque as mudanças deram competitividade aos bancos privados. Ao consumidor, cabe pesquisar.

 

O valor máximo financiado pela Caixa foi de 80% para 50% do valor do imóvel no caso de unidades de até R$ 650 mil no Ceará e R$ 750 mil em outras capitais. Acima disso, o teto de parcelamento passou de 70% para 40%. As mudanças só valem usados, não havendo alteração nos limites para novos, inclusive Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

[SAIBAMAIS 2]

Além da alteração dos limites, o banco promoveu duas altas nas taxas de juros neste ano. Segundo Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), com a elevação, os juros da Caixa ficaram muito próximos aos praticados por outros bancos. “Se você comparar, verá que a diferença nas taxas entre a Caixa e os demais é muito pequena”.


Para imóvel de até R$ 750 mil, a CEF pratica juros de 9,45% ao ano %2b Taxa Referencial (TR), enquanto a média nos bancos privados é de 10%%2bTR. Para unidades mais caras, o banco federal tem taxa de 11% ao ano, equivalente ao patamar médio dos bancos privados. Ele alerta, entretanto, para a necessidade do consumidor fazer bem as contas. “É uma diferença muito pequena. Mas sabemos que mudança na taxa tem impacto no financiamento”.


Simulação

Na simulação da compra de um imóvel usado de R$ 650 mil, o total do imóvel sairia por R$ 897.747,50 com financiamento da Caixa, com entrada mínima de R$ 325 mil. No banco privado a unidade sairia R$ 912.166,67, com entrada de R$ 130 mil. Ou seja, fora da Caixa, o cliente pagaria R$ 14 mil a mais pelo imóvel, mas desembolsaria R$ 195 mil a menos na entrada. “A compra de um imóvel depende diretamente de crédito. Quando a Caixa reduz o limite de financiamento, os clientes irão procurar outro banco, mesmo que tenha que pagar um pouco mais”, diz Miguel.

 

Henrique Marinho, economista e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), também ressalta que o crédito imobiliário é mais barato na Caixa Econômica. Mas aponta outra desvantagem do banco, a burocracia. Ele recomenda que o cliente pesquise e negocie, além de aproveitar as condições oferecidas pelo seu banco. “As instituições oferecem condições melhores para quem já é cliente”. 

 

FIQUE ATENTO


POR QUE MUDOU

A Caixa Econômica afirmou que a redução no limite de financiamento de usados aconteceu porque o banco resolveu dar prioridade às unidades novas e a programas sociais

MAS, na prática, houve redução no volume de recursos na poupança, com o pior saldo em 20 anos. No caso dos imóveis de até R$ 750 mil (R$ 650 mil no Ceará) a Caixa – além de outros bancos - usa recursos da caderneta para financiar. O impacto chegou aos imóveis de valor mais alto

 

APESAR de outros bancos usarem esses recursos, a Caixa é a principal operadora e sofreu mais com a queda de dinheiro disponível. O movimento pode ser acompanhado pelo restante do mercado

 

ALÉM DISSO, o Banco Central tem determinado sucessivas altas na Selic, com repercussão sobre as taxas praticadas no mercado como um todo

 

DICAS


SIMULE. Nada de correr para a Caixa Econômica como se fosse a única opção. Pesquise. Procure os bancos. Alguns permitem simulações online


NEGOCIE. O mercado arrefeceu e isso é oportunidade para barganhar condições de compra


Relacionamento. Aproveite o relacionamento com seu banco. Quem já é cliente pode conseguir taxas melhores


Entrada. Tente dar uma entrada maior

 

Eventos. Aproveite eventos e promoções. Com isso, você pode conseguir barganhar o preço do imóvel, o fazendo caber no orçamento

 
Novos. Um imóvel novo pode não ser tão caro quanto você pensa. As condições para financiá-lo são melhores. Não custa dar uma olhada
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