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Para Firjan, alta da Selic é inadequada; Fecomércio/RJ diz que é 'mais do mesmo'

21:40 | 29/04/2015
Para a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio/RJ), ao elevar a taxa básica de juros da economia brasileira em 0,50 ponto porcentual, para 13,25% ao ano, o Banco Central "lança mão de mais do mesmo na condução da política monetária". Em nota, a entidade argumenta que trata-se da quinta alta consecutiva e que, nem por isso, a inflação tem convergido para o centro da meta do governo (4,5%).

"A razão está no fato de os gargalos responsáveis pelas altas de preços estarem menos relacionados ao consumo que à ponta da oferta, da produção - para o que a elevação dos juros se constitui em empecilho extra - e à baixa eficiência do gasto público", cita a Fecomércio/RJ, em nota. "Encarecer ainda mais a tomada de financiamentos por parte de consumidores e empresários vai na contramão do quadro exposto pelos principais indicadores de mercado: desemprego em alta, consumo e confiança em baixa, crédito historicamente caro, atividade em queda", cita a nota. Para a Fecomércio/RJ, é necessário aprimorar o gasto público e "oxigenar as engrenagens produtivas".

Firjan

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) avalia que a alta da taxa Selic não é uma medida adequada para o atual momento da economia. "Mesmo após a quinta alta seguida da taxa básica de juros, feita em meio a uma recessão, tanto as expectativas de inflação como a inflação corrente permanecem bastante acima do centro da meta oficial. Uma profunda alteração na condução da política econômica é urgente", cita a federação das indústrias fluminenses, em nota.

Segundo a Firjan, "a opção por um ajuste fiscal que prioriza aumento da tributação e corte dos investimentos públicos é nociva ao crescimento de longo prazo, além de agravar a atual conjuntura". Na nota divulgada nesta quarta-feira, 29, o Sistema Firjan defende que o ajuste fiscal seja feito através da diminuição dos gastos públicos de natureza corrente, inclusive com regras explícitas que limitem o seu crescimento.

A Firjan, no entanto, elogia a perspectiva de avanços na área de investimentos em infraestrutura. "Quanto ao investimento, recebemos com otimismo a possibilidade de uma nova rodada de concessões de infraestrutura pelo Governo. Somente com essas iniciativas ocorrerá um real ajuste da postura fiscal, abrindo espaço para um recuo estrutural das taxas de juros e um crescimento sustentável da economia brasileira", menciona a nota.

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