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Os pratas da casa

01:30 | 22/04/2015
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Na contramão da tendência de terceirizar a mão de obra em condomínios residenciais, conforme O POVO abordou na última edição do caderno Imóveis, há exemplos em Fortaleza de quem faz questão de manter o quadro próprio de funcionários.

 

São histórias de quem não abre mão de preservar o contato direito e manter o bom relacionamento com os trabalhadores, de ter o controle da contratação e de garantir o cumprimento das questões trabalhistas, sendo essas algumas das vantagens apresentadas.


Um prédio no Meireles conta, ainda hoje, com dois profissionais que participaram da construção, em 1993. Mais de vinte anos depois, viram crescer filhos e netos. Esses laços e a relação de confiança foram alguns dos argumentos do administrador do edifício, Maximiliano Santos.


Ele conta que chegou a apresentar a possibilidade de terceirizar os serviços, modalidade adotada em outras edificações que ele também administra. “Expus as vantagens: a facilidade de reposição quando funcionário entra de férias ou falta, os encargos são recolhidos pela terceirizada”, exemplifica.


Apesar disso, os condôminos preferiram manter a equipe de quatro porteiros e um zelador. “Eles prezam muito pela segurança. Estão habituados à presença daqueles profissionais, conhecem a família, promovem confraternização anual”, conta o administrador. “A gente sente que o funcionário trabalha com mais perseverança, boa vontade. Sente que está vestindo a camisa do condomínio”.


Administrador do local há cinco anos, Maximiliano descreve que promove contato diário com os empregados. “Eles fazem questão de acionar em qualquer problema e sempre me relatam o que acontece. Quando é necessário faltar, montamos um esquema, para o prédio não ficar descoberto”.


Confiança

Na Praia de Iracema, outro condomínio residencial endossa a preferência de ter 100% do quadro próprio. “São funcionários antigos, de confiança. Os que são mantidos é porque são cumpridores dos seus deveres. Os condôminos, inclusive, conhecem suas famílias”, narra o aposentado Flávio Osório, 74, que foi síndico do prédio, onde vive há 12 anos. (Viviane Sobral)

 

AÇÕES TRABALHISTAS

NO CASO da terceirização, o condomínio não fica isento das responsabilidades sobre os direitos do trabalhador

 

SE A EMPRESA não cumpre com os encargos trabalhistas, você é corresponsável

POR ISSO é importante exigir sempre os comprovantes provando que está tudo regularizado

 

ESPECIALISTAS estimam que os custos com a terceirização aumentam de 14% a 20%

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