Ocepar teme que greve prejudique escoamento de cargas vivas, soja e farelo
O maior temor por enquanto é com o fluxo de produtos perecíveis, segundo Costa. "Na greve anterior tivemos perda de leite e carnes quando os caminhões foram parados na estrada. Também houve interrupção do abate de aves porque não tinha mais espaço em câmaras frias para colocar produtos e também porque a greve afetou locais que precisavam de ração para os animais."
Outra preocupação é com as cargas de soja e farelo negociadas recentemente para exportação no Estado e que precisam chegar até o Porto de Paranaguá para ser embarcadas em breve. Em função das chuvas dos últimos dias, o carregamento de soja e farelo para os navios no terminal atrasou, segundo Costa. "Com previsão de tempo abrindo amanhã, haverá retomada dos carregamentos e necessidade de deslocamento de produto", assinalou Costa. Para o plantio de trigo e colheita de milho, ele avaliou que por enquanto não há efeito direto.
A organização também questionou a viabilidade de uma tabela de preço mínimo para o frete, principal reivindicação dos caminhoneiros. "As cooperativas entendem que não é possível você atender uma reivindicação do setor criando obrigação para os outros cumprirem. A tabela pode deixar de ser eficaz se aumentar a demanda e os preços passarem a ser maiores", apontou. "A Ocepar acredita que é impossível fixar para a atividade de transporte uma tabela de preço mínimo. É inconstitucional e vai contra as leis de livre mercado."