Câmbio e reajustes de remédios e água devem levar IPCA a fechar perto de 8%
Os preços dos remédios subiram na última semana, conforme autorização da Câmara de Regulação de Medicamentos. Já a tarifa de água pode ficar mais cara 13,8% na capital paulista, já que a Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) autorizou o aumento nas contas da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A medida ainda está em audiência pública e a expectativa é de que seja confirmada no dia 11 abril, começando a valer no dia 11 de maio. "De todo modo, se confirmada, a alta na tarifa de água e esgoto em São Paulo deve vir muito acima do esperado inicialmente (7,7%)", disse Adriana.
De acordo com a economista, o aumento de quase 14% nas tarifas de água deve ter impacto de 0,04 ponto porcentual no IPCA fechado de 2015, enquanto o reajuste médio de 6,4% nos remédios deve elevar o índice em 0,21 ponto porcentual.
Apesar de considerar que a atividade enfraquecida tende a diminuir as influências de alta do câmbio para a inflação, Adriana disse que a expectativa de continuidade de depreciação cambial e os aumentos dos remédios e na conta de água embutem viés de alta na projeção para o IPCA. O aumento da água, somado à surpresa da alta de medicamentos e à recente revisão cambial, deve fazer com que a Tendências eleve a projeção do IPCA 2015 dos atuais 7,9% para níveis entre 8,0% e 8,1%", afirmou. Para os remédios, a consultoria esperava aumento em torno de 4,0%.