Anbima: fundos têm até fim do ano para adaptação à nova classificação
"Depois da mudança da 409, fizemos um trabalho semelhante à classificação dos fundos, que existe desde 2001", afirma o vice-presidente da Anbima Carlos Ambrósio. Segundo ele, a classificação foi ao longo dos últimos anos sofrendo algumas mudanças, diante do surgimento de novos produtos, mas agora surgiu uma necessidade de um ajuste maior. O processo levou cerca de três anos em discussões na associação.
Carlos Massaru, também vice-presidente da entidade, destaca a importância de essa agenda normativa entrar em vigor concomitantemente. Isso evita, destaca Massaru, custos desnecessários e perda de eficiência. "É muito importante ter um calendário harmonizado", frisa.
Ambrósio destaca que será essa agenda conjunta que trará os resultados esperados para a indústria de fundos, como um maior entendimento por parte dos investidores, adequação dos produtos ao perfil do cliente, indução para que os investimentos sejam realizados também sob o prisma de necessidade de capital futuro por parte do investidor e para melhor comparação entre os produtos oferecidos no mercado. "Quanto mais clareza e informação for dada, o acontecimento de um determinado cenário e o efeito no produto deixa de ser uma surpresa para o investidor", destaca Ambrósio.
O novo modelo partirá de três níveis, que guiarão a escolha dos produtos, tanto do lado dos distribuidores, consultores, quanto para os próprios investidores. O primeiro nível irá refletir a classe de ativos; o segundo. o tipo de gestão e riscos; e o terceiro relaciona-se às principais estratégias. O resultado da combinação desses três níveis será o "tipo Anbima".