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Tsipras diz que Grécia cumprirá obrigações mesmo sem nova parcela dos credores

14:50 | 12/03/2015
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou que o país conseguirá cumprir suas responsabilidades financeiras, mesmo se os credores não pagarem a parcela restante do resgate internacional. Representantes da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão em Atenas avaliando se o governo grego está cumprindo as condições necessárias para receber mais ajuda.

"Mesmo se não houver o desembolso da próxima parcela, a Grécia certamente conseguirá cumprir suas obrigações", disse Tsipras em entrevista à imprensa na sede da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Paris. A Grécia assinou um acordo de colaboração conjunta com a OCDE para reformas no país.

As declarações de Tsipras destacaram como estão difíceis as negociações entre a Grécia e seus credores internacionais. O premiê alertou que a falta de recebimento de mais empréstimos significa que os credores estão tentando minar o acordo fechado recentemente com seu governo.

O acordo assinado por Tsipras com a OCDE é destinado a apoiar a criação de empregos, reduzir a burocracia para empresas, melhorar a transparência, reforçar o sistema fiscal e acabar com oligopólios e cartéis. "Nosso objetivo é ajudar a retomar o crescimento grego", afirmou Angel Gurría, presidente da OCDE, ao lado de Tsipras.

O governo do partido radical de esquerda Syriza havia rejeitado as recomendações feitas pela OCDE no mês passado, mas agora Atenas está disposta a receber ajuda da organização na elaboração de um plano econômico que estimule o crescimento para, assim, abandonar o programa definido pelos credores internacionais.

"Acredite que me sinto mais confortável aqui do que em outras instituições. Especialmente na antiga troica", disse Tsipras, em referência ao grupo de credores formado por Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e FMI. "Nos últimos quatro anos o FMI veio ao nosso país para impor uma política de ajuste financeiro e de austeridade severa. Agora acho que outra instituição vai entrar nisso: a OCDE", acrescentou.

No entanto, Gurría alertou que a OCDE não está substituindo qualquer das instituições com a qual a Grécia está trabalhando. Fonte: Dow Jones Newswires.

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