Senado marca sabatina de candidatos à diretoria do BC para 14 de abril
Para a diretoria de Assuntos Internacionais, Tombini escolheu Tony Volpon, um experiente economista do mercado financeiro que atuava no exterior. A dança das cadeiras no BC é complexa: Volpon vai para a vaga de Luiz Awazu Pereira da Silva, que acumula também a diretoria de Política Econômica. Essa posição ficou vazia no início de fevereiro com a saída de Carlos Hamilton Araújo. A questão é que Awazu já tem data de despedida agendada: dia 1 de outubro começa a trabalhar no Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) como vice-presidente.
Para a cadeira de Regulação, que é ocupada temporariamente hoje por Anthero Meirelles - diretor de Fiscalização -, Tombini indicou Otavio Damaso. Atual chefe de gabinete do presidente, é tido como seu braço direito, com o respaldo até de apontar eventuais falhas cometidas pelo comandante do BC.
Atualmente, a diretoria do Banco Central é composta por seis membros, além do presidente. A reunião mais importante desse colegiado ocorre em média a cada 45 dias e tem como objetivo definir o rumo da taxa básica de juros, atualmente em 12,75% ao ano. Se Volpon e Damaso tiverem a aprovação dos senadores, conseguirão ocupar as vagas livres há dois meses. Chegarão também a tempo hábil de participar do próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), marcado para os dias 28 e 29 de abril. Para o mercado financeiro, o consenso é o de que o BC voltará a subir os juros em 0,50 ponto porcentual, o que levaria a Selic para 13,25% ao ano.