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Publicitário de mídia, que fez carreira na DPZ, morre aos 68 anos

09:30 | 27/03/2015
O publicitário Daniel Barbará morreu, ontem, aos 68 anos, em decorrência de complicações numa cirurgia de transplante de fígado, feita em Fortaleza (CE). Barbará foi diretor comercial na DPZ por 26 anos, até 2007 e ficou reconhecido como um dos principais profissionais de mídia da publicidade brasileira.

Carioca, nascido no dia 21 de fevereiro de 1947, ele chegou a estudar medicina veterinária na Universidade Federal Fluminense, mas não concluiu o curso. O pai foi fazendeiro, cafeicultor e trabalhava com gado, o que o fez tentar algo nesse ramo. Em uma entrevista concedida em 2004 sobre seus 40 anos de carreira, Barbará contou como começou, por acaso, no mercado publicitário. "No primeiro científico, assumi (o sustento) de minha mãe e minha irmã, tornando-me o que se chamava na época de arrimo de família. Essa circunstância me levou, aos 16 anos, a procurar emprego. Era muito difícil arrumar trabalho. Uma amiga da família conseguiu meu primeiro emprego em uma empresa que eu não sabia direito em que ramo atuava - chamava-se Record Propaganda. Por acaso era uma agência de propaganda. E, por acaso, fui trabalhar na área de mídia."

Era de ouro. No início da década de 1970, foi contratado por Altino de Barros para atuar no escritório carioca da McCann-Erickson e depois veio para São Paulo, onde ficou até 1981. Em seguida, foi contratado pela DPZ, atuando inicialmente no escritório do Rio e, depois, em São Paulo. Barbará ficou na agência até 2007. Em 1986, recebeu o Caboré de Profissional de Mídia do Ano. Quando deixou a DPZ, o publicitário passou a presidir a Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), do empresário Nelson Tanure, então responsável pelos jornais Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil. Um ano depois, voltou a atuar no mercado publicitário, como presidente do Grupo Eugenio.

Barbará foi atuante em uma série de entidades do mercado. Chegou a presidir o Instituto Verificador de Circulação (IVC) e o Grupo de Mídia de São Paulo. Também foi vice-presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) de 2003 a 2005. Em 2000, ele representou o Brasil no júri do Media Lions, no festival Cannes Lions. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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