O setor de transformação segue pisando no freio da produção, após registrar em fevereiro uma nova queda no ritmo de atividade medido pela Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria, nesta quinta-feira, 19. O índice de evolução da produção caiu para 40,1 pontos, contra 42,7 pontos registrado em janeiro. A queda foi ainda maior em relação a fevereiro de 2014, quando o indicador pontuava em 48,3. A distância dos 50 pontos, de acordo com a pesquisa, indica retração "intensa e disseminada" em toda a cadeia em produtividade e no nível de emprego.

A CNI pesquisou 2.246 empresas entre 2 e 11 de março. O indicador de número de empregados ficou estável em 44,7 pontos em fevereiro, contra 44,4 em janeiro. A CNI afirmou que houve maior recuo do emprego em empresas de pequeno (de 42,4 pontos em janeiro para 42,1, em fevereiro) e de médio portes (43,3 para 42,1 pontos). O indicador das grandes indústrias cresceu de 46 para 47 pontos, mas se manteve abaixo dos 50 pontos considerados como sinalização de crise.

Já a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria apresentou uma ligeira queda, apresentando 66% em fevereiro, ante 67% verificados em janeiro. A UCI do mês passado ficou seis pontos porcentuais menor que a de fevereiro do ano passado (72%). A indústria também trabalha com alto nível de estoque. Este indicador cresceu para 51,4 pontos, contra 50 pontos de janeiro. O índice de estoques efetivo planejado alcançou 51,8 pontos, indicando nível superior ao desejado, ante 50,5 verificados em janeiro. Nas grandes empresas, o indicador atingiu 55,3 pontos.