Octavio de Barros estima superávit de 0,7% do PIB em 2015, abaixo da meta
Mas, de acordo com Barros, o que vale é a mudança de atitude longitudinal. "Entregar a meta não nos diz nada em termos de futuro", disse. O economista defendeu a adoção da regra que atrelasse a expansão do gasto público ao crescimento do PIB. "A melhor forma de um Pais fazer poupança é desfazendo a despoupança do setor público", afirmou o diretor do Bradesco.
O Departamento Econômico do Bradesco projeta para este ano uma queda de 8% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Segundo Barros, o problema maior do Brasil hoje é corporativo, é a parte micro que afeta as empresas . "A parte macro está endereçada. Joaquim Levy e Otacílio Godoy (ministro da Fazenda e secretário-executivo da Fazenda, respectivamente) estão gostando do trabalho e vão até o fim."
Assim mesmo o economista do Bradesco prevê uma queda de 1,5% do PIB neste ano, um déficit em conta corrente de US$ 30 bilhões e uma taxa de inflação de 8%.
Sobre o atual momento político que se volta contra a presidente Dilma, o diretor do Bradesco ressalvou que "não se pode confundir baixa popularidade com legitimidade". É bom lembrar que em 1999 FHC teve avaliação de ótimo e bom por apenas 9% da população", disse.
O economista entende que os ministros Levy e Nelson Barbosa, do Planejamento, são competentes e vão conseguir recolocar a economia a trajetória do crescimento.