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O POVO lista os golpes mais comuns do mercado imobiliário

01:30 | 25/03/2015

O mercado imobiliário não está imune de pessoas que tentam aplicar golpes nos consumidores que sonham em adquirir um imóvel novo. Por isso, O POVO pesquisou as armadilhas mais comuns aplicadas no setor de habitação para deixar você alerta na hora de comprar sua unidade.


Como são muitos os documentos exigidos para se comprar uma casa, a falsificação deles é um dos golpes mais praticados. O vendedor obtém a cópia da escritura do imóvel no cartório com os dados do verdadeiro dono e falsifica os documentos. “Assim, ele vende a unidade se passando por outra pessoa“, explica o advogado especialista em direito imobiliário, Hebert Reis.


Outra prática de má fé no setor imobiliário é quando o dono de um imóvel o vende para mais de uma pessoa. Assim, o primeiro que fizer o registro da unidade será de fato seu proprietário. “Muita gente não sabe que para comprar uma casa tem que fazer a escrituração dela e o registro. Então um golpista se aproveita do desconhecimento para se dar bem”, diz a tabeliã de ofício de notas e registros, Roberta Rolim Markan.


Para não ter problemas, Hebert indica que qualquer cidadão que for realizar transação de compra e venda de uma casa procure estar assessorado por um profissional que saiba interpretar as documentações. “Um corretor cadastrado no Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará) ou um advogado especializado em direito imobiliário podem lhe ajudar se você é um comprador que nunca viu uma documentação, nunca viu matricula de imóveis e não sabe como conferir a autenticidade deles”, indica.


Se essa atitude fosse tomada, outra armadilha muito comum também poderia ser evitada, que é a venda de lotes com localização errada. O loteamento devidamente registrado no cartório de imóveis tem a indicação da sua estrutura e o local já tem que estar devidamente remarcado. “Se a planta do lote não está registrada, não compre”, alerta o advogado.


Mais problemas

Até então, as falcatruas mais comuns foram listadas. Mas há aquelas pouco praticadas e que podem enganar até aqueles que se acham mais espertos.

 

Um deles é chamado de da portaria, em que um falso corretor vê o anúncio no jornal, no qual avisa-se que as chaves do apartamento para locação estão na portaria. Ele leva interessados para ver o imóvel, fazendo o papel do corretor, e os convence a pagar uma taxa para reservar o imóvel. Depois de pagar, o interessado não vê mais o “corretor”. (Beatriz Cavalcante)


PARA NÃO CAIR NA ARMADILHA


DOCUMENTAÇÃO FALSA: o vendedor obtém a cópia da escritura no cartório com os dados do verdadeiro dono e falsifica documentos, como a carteira de identidade e CIC. Quem comparece para assinar a nova escritura não é o dono e sim o falso vendedor.


DOCUMENTAÇÃO SUJA: o dono do imóvel está com o nome sujo e promete compra e venda do imóvel para um conhecido que tem ficha limpa e que não abre mão das certidões negativas do dono. Esta pessoa vende o imóvel para terceiros. A venda pode ser anulada se o verdadeiro proprietário for acionado para pagar os débitos.


VENDA DE UM MESMO IMÓVEL PARA VÁRIAS PESSOAS: o dono vende o imóvel para várias pessoas ao mesmo tempo, aproveitando a mesma documentação. Ao receber o sinal ou até mesmo o valor total dos compradores, desaparece.


CÔNJUGE SEM CONSENTIMENTO: nenhum imóvel de posse de um casal pode ser vendido sem comum acordo. Isso é válido para qualquer regime de casamento, até mesmo absoluta separação de bens. Neste tipo de golpe, o marido ou a mulher vende o imóvel sem consentimento do cônjuge. Apresenta-se procuração falsa e a venda é realizada. A venda pode ser anulada.


GOLPE DA PORTARIA: o falso corretor vê o anúncio no jornal, no qual avisa-se que as chaves do apartamento para locação estão na portaria. Ele leva interessados para ver o imóvel, fazendo o papel do corretor, e os convence a pagar uma taxa para reservar o imóvel. Depois de pagar, o interessado não vê mais o “corretor”. Outro caso conhecido que segue a mesma linha: o golpista que se diz corretor na portaria do prédio, sobe ao imóvel, faz um molde de cera com a chave e passa a ter livre acesso.


LOCALIZAÇÃO ERRADA: a localização de um lote vendido não corresponde ao endereço de registro de imóvel.


LOTEAMENTO QUE NÃO EXISTE: é a venda de lotes que ficam em áreas inabitáveis.


VIAGEM DO PROPRIETÁRIO: Outra história é a que o dono está viajando e, como vai demorar, aceita alugá-lo por um preço bem menor, para não deixá-lo vazio por muito tempo. Esse golpe é realizado através do golpe das chaves na portaria. Como no caso anterior, é praticamente impossível encontrar o “corretor” novamente. Outro golpe também relacionado à viagem do proprietário: o falso corretor oferece o imóvel dizendo que o dono precisa viajar com urgência e por isso está querendo um aluguel muito abaixo do de mercado. O golpista diz que o imóvel está fechado ou mostra o de um cúmplice. Basta levar o dinheiro e desaparecer.

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