Por conta da crise nas vendas no Brasil, a cada nova motocicleta emplacada no País, outras duas usadas trocam de dono, conforme apontam dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Enquanto que nos dois primeiros meses deste ano foram emplacadas 202.435 motos zero quilômetro, outras 408.650 - mais que o dobro -, já em circulação, foram negociadas.

Esta proporção já havia sido registrada, quando houve um crescimento na venda de motos usadas de quase 10% de 2013 para 2014.

De acordo com o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a proporção se justifica pela maior flexibilidade de negociação entre vendedor e comprador. "Como a relação interpessoal é mais próxima, especialmente em estabelecimentos menores, há certa flexibilização no acordo, como entrada parcelada, por exemplo", afirma.
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Além deste fator, o executivo também aponta que mais recursos da carta de crédito dos consórcios pesam na decisão do consumidor. "Em vez de uma moto nova, algumas pessoas preferem comprar uma usada e usar o dinheiro que economizaram para pagar dívidas", diz.

O setor de motopeças também sai ganhando com a venda de usadas, considerando que muitos compradores investem em revisões que permitam melhores condições de uso das motos.

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