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Mercadante diz que Standard & Poor's reconheceu esforço do governo

15:20 | 24/03/2015
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira, 24, que a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) de manter a nota de crédito do Brasil dentro do patamar considerado "grau de investimento" é um reconhecimento ao esforço do País e do governo na aprovação do ajuste fiscal.

"As agências de risco têm alguma importância para o mercado financeiro. Já cometeram erros no passado, mas elas são um sinalizador a que o mercado presta atenção. Portanto, é evidente que é um fato positivo para o País manter o grau de investimento, agora o fato de ser positivo não diminui a nossa responsabilidade", disse Mercadante após participar de audiência com a presidente Dilma Rousseff e outros 11 ministros no Palácio do Planalto.

"Porque, para além das agências, o Brasil precisa do ajuste fiscal. Precisa olhar para as contas públicas com toda a dedicação", afirmou o ministro. "Quanto mais rápido fizermos o ajuste, mais rápido voltaremos a crescer". A decisão da Standard & Poor's foi tomada 17 dias depois de uma missão da agência deixar o Brasil, onde se reuniu com autoridades da equipe econômica, lideranças políticas e expoentes do setor privado.

"Vocês (dirigindo-se a jornalistas) viram ontem (segunda-feira) que foi uma notícia importante: a Standard & Poor's manteve o grau de investimento do Brasil. Manteve o grau de investimento exatamente reconhecendo o esforço do País e do governo na questão do ajuste fiscal. Por que é que é importante o grau de investimento? Porque temos uma liquidez muito grande no mercado internacional", ressaltou o ministro.

"A Europa está colocando 60 bilhões de euros por mês no mercado pelo Banco Central Europeu. Essa liquidez pode vir para o Brasil. Somos a sétima economia do mundo, temos programas de infraestrutura, de investimentos muito importantes." Mercadante destacou que o ambiente econômico depende da confiança dos investidores brasileiros e internacionais. "Por isso esse ajuste é indispensável, é absoluta prioridade do governo e é assim que o governo vê. Todos os ministros estão comprometidos com o ajuste", observou o titular da Casa Civil.

Ao defender a aprovação do ajuste fiscal, Mercadante reiterou que o governo está revendo "todo o esforço de política anticíclica que ajudou a manter o emprego e a renda". "Não é possível sustentar esse esforço. Essas correções são estruturais, elas estão sendo feitas de forma bastante pensada, aprofundada. O Congresso vai debater, discutir, vai chamar especialistas, os ministros estarão lá, mas temos total convicção de que elas são indispensáveis para que a gente possa estabilizar a economia, ajudar a combater a inflação", defendeu Mercadante.

Câmbio

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira que o atual cenário cambial dá competitividade à indústria brasileira e diminui a pressão dos importados. Na avaliação de Mercadante, "o ajuste do câmbio diminui a pressão sobre o fiscal".

"Tivemos aí uma forte desvalorização do câmbio, isso aumenta a competitividade do Brasil, aumenta as exportações da indústria, diminui a pressão dos importados, aumenta a competitividade da agricultura e ao mesmo tempo alivia a necessidade da política anticíclica, que sobrecarrega o esforço fiscal do governo", comentou Mercadante a jornalistas, depois de participar de reunião com a presidente Dilma Rousseff e outros 11 ministros no Palácio do Planalto.

"O ajuste do câmbio diminui a pressão sobre o fiscal, é um ajuste estrutural, macroeconômico, que está em andamento. Tem um custo, mas é um custo passageiro. Nós sairemos mais fortes e mais sustentáveis e mais rápido dessa situação."

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