Kátia Abreu diz que irá reestruturar ministério e criar uma classe média no campo
Por enquanto, Kátia não enfrenta resistências. Os senadores, por exemplo, se mostraram satisfeitos com as respostas da ministra e com o que ela propôs de gestão. Para minimizar possíveis tensões, ela tem mantido uma agenda extensa de encontros com políticos, associações e empresas, registra a demanda de todos e apresenta possíveis soluções para problemas.
Uma série de estudos, que ajudarão a colocar em prática os planos de Kátia Abreu, está em andamento. Um deles, sobre o custo da defesa agropecuária, é tocado pela Fundação Dom Cabral e fica pronto em julho. A partir dele será criado um orçamento para defesa e uma linha de distribuição de recursos para os Estados. Outro é o mapeamento do quadro de funcionários. A ministra quer saber o tamanho do déficit de fiscais, agrônomos, químicos e outras funções, situação que ela classificou como uma das "fortes crises" da pasta.
Para a ministra, a criação de uma lei da agropecuária brasileira, algo que dê uma previsibilidade mínima de quatro anos para o produtor, sobretudo em relação a subsídios e seguro agrícola, está entre as prioridades. A contratação de André Nassar para a Secretaria de Política Agrícola tem como primeiro objetivo desenhar um projeto. Ele está coordenando um dos muitos estudos que estão em andamento. Com um grupo de especialistas, ele deve apresentar para Kátia Abreu o modelo e os impactos dessa nova legislação.