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Crédito já sente o efeito da Selic, avalia economista da Gradual

12:30 | 25/03/2015
O aumento na taxa Selic está se traduzindo em juros mais elevados para a obtenção de crédito, avaliou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 39,1% em janeiro para 40,6% em fevereiro. "Possivelmente tem também uma postura mais cautelosa dos bancos, com elevação do spread bancário médio, a fim de evitar eventuais perdas", disse. No período, o spread médio dos bancos ficou em 28,3 pontos porcentuais, após 27,2 pontos porcentuais, conforme o BC.

Para o economista, a quase estabilidade na taxa de inadimplência no crédito livre no segundo mês do ano (4,4%) em relação ao anterior (4,5%) é uma "boa" notícia e reflete que os tomadores de crédito, especialmente os consumidores, estão mais cautelosos em se endividar, com receio de perda de emprego, dada a perspectiva de recessão econômica este ano.

A expectativa de Perfeito é de que à medida que a taxa de desemprego avançar de forma mais significativa, o índice de inadimplência tende a subir. "O consumidor está mais cauteloso do que inicialmente se pensava. Isso não quer dizer que não poderá ter elevação da inadimplência. Talvez isso fique mais claro no segundo semestre, quando o desemprego pode subir mais", estimou.

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