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59% dos pais fazem as vontades dos filhos na hora das compras

57% dos entrevistados afirmam que não há discussão sobre gastos. Entretanto, 9 em cada 10 pais consideram importante a educação financeira dos filhos

11:14 | 24/03/2015
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz procurou entender de que modo os filhos influenciam no orçamento familiar e quais são as dificuldades dos pais em educá-los financeiramente. Segundo o estudo, 59% dos pais fazem as vontades e compram o que seus filhos querem, se o orçamento permite.

Em relação à atitude dos pais e o comportamento dos filhos, quase a metade dos entrevistados (45%) garante que os filhos entendem a situação quando querem comprar algo mas os pais não podem. Outros 14% afirmam que os filhos utilizam recursos próprios, como a mesada, para comprar aquilo que desejam.

A pesquisa mostra que, para as crianças, mostrar-se compreensivo resulta em uma estratégia bem mais eficaz do que fazer chantagem quando querem alguma coisa: 79% dos pais de filhos "compreensíveis", isto é, que entendem quando é não possível comprar algo, acabam cedendo às vontades dos filhos quando o orçamento permite; entre os pais de filhos que usam a chantagem como forma de persuasão, esse número diminui para 48%.

Quando o assunto é orçamento familiar, seis em cada dez dos pais entrevistados (57%) afirmam que não há discussão com os filhos sobre os gastos e que as decisões ficam concentradas apenas nos pais. Somente 18% dos entrevistados afirmam que os pequenos participam das decisões sobre o que comprar e onde investir. Ainda assim, nove em cada dez entrevistados (88%) consideram a educação financeira dos filhos importante.

Pais consideram a educação financeira dos filhos importante

Para 88% dos pais entrevistados, é importante a educação financeira dos filhos, e a média de idade considerada ideal para o início do processo em casa é de oito anos. Segundo José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil, o diálogo familiar sobre os gastos é extremamente importante. "A conversa entre todos os membros da casa é capaz de estimular atitudes compreensivas e conscientes entre os filhos, sejam crianças ou adolescentes", diz. "O diálogo acaba refletindo positivamente no modo como eles lidam com o consumo."

Entre as famílias que conversam sobre os gastos, é maior o percentual dos filhos que utilizam o dinheiro da mesada para comprar o que desejam: 13%, contra 5% das famílias em que não há conversa.

"Entre os assuntos que podem ser discutidos em casa com a intenção de ensinar os filhos a lidar com o dinheiro estão: o valor do dinheiro e do trabalho; a impossibilidade de comprar tudo o que se deseja; a importância de pesquisar preços; a realização de sonhos por meio de disciplina e economia", relata Vignoli.

Foram ouvidas 662 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais nas 27 capitais.
Redação O POVO Online
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