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UE convida ministros da Rússia e Ucrânia para discutir oferta de gás

10:00 | 26/02/2015
A União Europeia convidou os ministros da Energia da Rússia e da Ucrânia para uma reunião em Bruxelas na segunda-feira com o objetivo de tentar resolver o conflito sobre o fornecimento de gás, de acordo com dois dirigentes da UE. Uma porta-voz do bloco disse que as autoridades ainda estavam aguardando uma resposta dos dois governos.

Na quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de bloquear suprimentos para regiões controladas pelos rebeldes no leste da Ucrânia. Putin afirmou que a suposta ação de Kiev "tem cheiro de genocídio" e disse que a Gazprom vai suspender fornecimento para a Ucrânia se Kiev não pagar antecipadamente as entregas.

No início desta semana, a estatal russa Gazprom advertiu que os fornecimentos para a UE estavam em "risco grave", após afirmar que a Ucrânia não tinha conseguido fazer um pagamento por novas remessas.

A ucraniana Naftogaz, por sua vez, acusou a Gazprom de não seguir com acordos. Uma grande parte das entregas de gás russo para a UE chega através da Ucrânia.

Falando em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, Maros Sefcovic, o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela agenda de energia da Europa, disse que a UE tinha ouvido visões conflitantes de Kiev e Moscou sobre o que estava acontecendo com os fornecimentos de gás ao leste da Ucrânia.

Ele propôs que as questões de oferta e o custo do gás para os territórios controladas pelos rebeldes no leste da Ucrânia, de Donetsk e Lugansk, sejam ignorados e tratados de forma independente frente o pacote de fornecimento de gás de inverno, que garante entregas de gás à Ucrânia durante os meses frios.

Sefcovic disse na época que ele estava tentando convocar uma reunião sobre a questão de fornecimento de gás o mais rapidamente possível. Ele insistiu que todos os lados devem continuar a implementar o acordo de pacote de inverno.

Gazprom

O porta-voz da Gazprom, Sergei Kupriyanov, disse que a empresa poderia cortar o fornecimento para a Ucrânia no final da semana, se novos pagamentos não forem feitos. Em declarações televisionadas na quinta-feira, o representante afirmou que "se novos fundos não forem recebidos de Kiev, então, naturalmente, não podemos continuar a fornecer gás para a Ucrânia". Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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